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Castigados pelo frio que já atingiu menos de 10º C durante a madrugada, os cães e gatos de rua de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, vão ganhar uma ajudinha especial pra se aquecer. Um grupo de amigas está confeccionando abrigos feitos com caixas de papelão e cobertores para espantar o frio dos bichinhos.

Caixas de papelão são forradas com lona e cobertor (Foto: Claudia Lousada/ Arquivo Pessoal)

A iniciativa é das amigas Tamiris Falcão e Claudia Lousada. Elas viram na internet um tipo de abrigo feito com caixa de papelão e decidiram reproduzir a ideia para aquecer os animas que ficam vagando pelas ruas do município.

Com ajuda de outros voluntários, elas conseguiram material necessário para confeccionar 13 caixinhas até agora, que são forradas com lona, para isolar a umidade, e têm um cobertor para deixar o abrigo quentinho. Ração e água também serão colocadas para os animais.“Aqui em Venda Nova está fazendo muito frio nessa época, chegando a 6º C ou 7º C de madrugada. Já tivemos relatos de animais que estão adoecendo por causa do frio e a ideia da caixa é barata, então resolvemos fazer”, explicou Claudia.

Agora, elas vão conversar com comerciantes da região para negociar a colocação das caixinhas, que deve começar neste sábado (18). “A gente quer colocar na frente de lojas e comércios, onde há câmeras, até mesmo para tentar monitorar, evitar que as pessoas tirem do local”, disse Tamires.

Os abrigos também vão contar com uma mensagem pedindo que ninguém maltrate os animais ou destrua as caixinhas.

"Essa é a minha casa. Fui abandonado! Me ajude com água e comida. Se não puder, tudo bem. Pelo menos respeite esse cantinho que me deram para que eu me proteja do frio e dos demais riscos que um animal de rua corre", diz o texto.

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O tempo muda. Às vezes, abrir a janela é essencial, outras vezes não. Fato é que a maioria das construções modernas é tão estática e inflexível a essas variáveis, que a Casa Sharifi-Ha, no Teerã (Irã), recebeu premiação e elogios em seu segmento no World Architecture Festival Awards 2014, quando ficou pronta.

O projeto comandado por Alireza Taghaboni, do escritório iraniano Next Office, tem quartos giratórios na fachada que se abrem para a rua ou se fecham, dependendo da vontade dos moradores – é só apertar um botão.

Pensar no jogo de abertura e fechamento dos volumes é um exercício tradicional na arquitetura iraniana: as temperaturas passam dos 40 graus com facilidade por lá. Por isso, Alireza idealizou caixas revestidas de madeira que pudessem refrescar a casa e trazer a passagem do vento a seu favor, mas também mantê-la aquecida quando o inverno rigoroso se aproximasse.

Encravada em um lote retangular estreito, de boa profundidade, a mansão foi desenhada em quatro partes: a estrutura ao fundo, o vazio de um pátio, volume fixo e móvel, na fachada.

Mesmo quando as caixas estão fechadas, o edifício recebe luz natural pelo vazio central, que liga os dois volumes fixos por passarelas suspensas.

Uma casa profunda, mas também alta, com sete pavimentos que renderam um total de 1.400 m². Dois subsolos são ocupados por áreas de estar e convívio. No térreo está a garagem e os espaços de serviço.

Ao primeiro e ao segundo pavimento estão reservadas amplas áreas de receber, de trabalhar, e de lazer, como um pequeno cinema, uma adega e uma sala de ginástica. Em seguida, no terceiro e no quarto nível, estão os quartos reservados para a família.

A arquitetura contemporânea, de linhas limpas e retas, segue a mesma atmosfera admirável da solução de rotatividade. Nos interiores, o branco se impõe e atrai para si a paleta neutra. Os vidros reforçam a sensação e guiam a luz natural até à piscina, no subsolo. A claridade, ali, está sempre garantida.